Distanciar-se do objeto. Olhar de fora. Rever as cenas. Aplicar dinâmicas. Diminuir os tempos dilatados quando necessário. Dirigir o ator.
Nessa fase, meu estudo através dos vídeos gravados, de cenas da peça, tem sido um exercício um tanto inusitado para não dizer necessário. "Meter o bedelho na criação do outro". E eu sendo o outro. Um exercício de desapego, crítica REDOBRADA e muita atenção. Não domino a prática de dirigir mas em Benedita faço diariamente quase que por osmose. Criação frenética, autônoma, contemporânea (?) e trabalhosa. Confesso que estou gostando de praticar o "se resolva sozinho" com algumas pitadas de desespero para ajudar, rs.
Acho também que mais do que "diretor", nessa fase, exerço a missão de "encenador". Que cuida do ator, da cena, volta para o texto, dialoga com a luz, cobra o cenário, experimenta o figurino e de repente resolve mudar: muda de posição, tira os excessos, pensa no todo, com e sem as "partes". Ufa. É, ando distanciado, enjoado, crítico, achando tudo uma merda e um tanto diretor. Não na mesma ordem e na mesma gravidade. Saudades Marfuz, Henriques, Machado, Cunha, Castilho, Pamponett, Dourado, Alencar e afins. Ha, ha, ha, ha,ha.
É um trabalho árduo mesmo! Mas os frutos não tem preço! Tenho certeza que vai ser um trabalho lindo!! Merda para você!
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